PaPos Nascentes - poéticos, psicoterapia, mentoria

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sábado, setembro 10, 2016

TARJA BRANCA/ BLANKA STRIO


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TARJA BRANCA

seja!
seja brincante cante
brinque finque no coração
a bandeira branca do brincador
que seca a dor
no sol no riso da eterna criança:
a dor se destranca com essa receita 
de tarja branca
veja: brinque e cante como brincante

- enfim, seja!

 *****
BLANKA STRIO

feste estu!
ludkanteme kantu
lude viakore enmetu
la dolorsekigan blankan flagon
de l' ludkantemulo
sune ride de l’infan’ ĉiama         
dolor' malŝlosita per tio:             
recepto de blanka strio
kaj rigard-vidu:                 
ludkanteme ludu kantu     

- feste estu!

terça-feira, setembro 06, 2016

GOLPE PRA LAMENTAR?/ PORLAMENTA PUĈO?

GOLPE PRA LAMENTAR?
                        (Para Adeilton Lima)

piranha de aquário? zabumba-meu-boi?
boi-de-piranha? golpe pra lá de pra-lamentar?
mas lamentar quem há-de?
ânsia de vômito me invade
resistir meu-deus! quem há-de?

depondo o governo se decompondo?
máscaras se decompondo?
rejeita pobre a elite podre brasileirando em Miami?
golpe político? sem farda com toga mídia bomba
de efeito imoral da polícia a militar
e espancar militante a quem chama meliante
e o faz lacrimejar se mijar olho arder perder?

mímica macunaímica revigorado o refrão:
muita saúva e pouca saúde os males do Brasil são
- chute no traseiro das políticas de inclusão? –
os males do brasilzão

na república das bananas sevícia à democracia?
submete-se o povo a sexo banal bananal
sem camisinha muita saúva pouca saúde?
banana no cu-da-mãe-joana?
os males do brasilzão!

***********

PORLAMENTA PUĈO?
                        (Al Adeilton Lima)

piranjo de akvari’? tambureg’?
bov’-de-piranjo? puĉ-logileg’
porlamenti? sed lamenti kiu do?
vom’-naŭzo invadas min
rezisti dio! kiu do?

eksigo de registar’ putriĝinta?
maskoj ekputriĝintaj?
povron forpelas putriĝinta elito brazilece en Miam’?
politika puĉo? sen uniform’ kun togo gazetar’ bomb’
de malmorala efik’ de militanta policist’ ĵetita
militant-frapanta tielnomata friponul’
larmigita urinigita arda perdita okul’?

makunaima mimiko reviglata la refren’:
multa formik’ malmulta san’
malbonoj de Brazil’ jen!
- postvango-frap’ sur inkluzivig’? –
malbonoj de brazilego

en respubliko de l’ bananoj seksum’ al demokrati’?
submetiĝas la popol’ al banala banana seksumad’
sen preventil’ multa formik’ malmulta san’?
en l’ anuson popolan ja banan’?
malbonoj de brazilego!

sábado, setembro 03, 2016

INOMINÁVEL/ SENNOMEC'

Resultado de imagem para sabedoria força e beleza em latim

Do sábio sabiá Sabedoria
da cristalina cachoeira Força
da flor – filha do efêmero – Beleza

Sabedoria, Força, Beleza
do Teu ser Indizível,
Poesia – fluir incessante,
voz do Inominável.

         Poesia é necessária?

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De l’ saĝa turdo Saĝec’
de l’ kristala akvofalo Forto
de l’ flor’ – nedaŭridino – Belec’.

Saĝeco, Forto, Beleco
de Via Nedirebla esto,
Poezio – elfluo neĉesa,
voĉo de Sennomec'.

         Ĉu poezio necesas?

quarta-feira, agosto 17, 2016

POETA/ POETO

Resultado de imagem para O que é poesia? Coleção Primeiros Passos

Teu olhar descabelado
verticaliza horizontes
marinhos
sem que as naus despenquem

Tua linguagem desmiolada
subverte ocasos
cálidos
sem que o caos se instale
astros se desabem

Teu ser descompasso
abre-se em espaços
únicos
sem que o tempo vário
deixe de ser vário

e uno!

***********

Via malkombita rigard’
vertikaligas horizontojn
- marajn -
sen faligi navojn

Via freneza lingvaĵo
subirojn disbatas          
- varmajn -
sen kaosa instalo
kaj sen astrojfalo

Via esto sentakta
dehiskas en unikaj
spacoj
spite al temp’ diversa
lasu esti diversa
unuo!

domingo, agosto 14, 2016

PRAGMATISMO POÉTICO/ POEZIA PRAGMATISMO

    Resultado de imagem para pragmatismo poético

Afeito ao perigo 
me ligo em brincar 
mulheres palavras.
 
Se mulheres brinco 
não brinco em serviço   - palavra! -  
 
Se palavras brinco 
como agora brinco 
só brinco a serviço 
de brincar mulheres -   palavra! - 

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Kun emo al danĝer’
ŝategas mi ludi
virinojn kaj vortojn.

Se virinojn ludas
serioze ludas – honorvort’!

Se vortojn mi ludas
kiel nun mi ludas
nur ludas al l’ cel’
ludadi virinojn – honorvort’!

segunda-feira, agosto 08, 2016

GANGORRA/ BALANCILO


Resultado de imagem para denso medo

Se denso o medo como tão difuso?
E se a vida se mostra tão deserta?       
E se esse isso aqui assim recluso
For a forca sutil que já me aperta?

E se a mais torta for mesmo a mais certa?
Mais inocente justo quem acuso?
E se a mais boba for a mais esperta?
Quanto mais claro mais fico confuso?

Quanto mais leio menos me esclareço?
Quanto mais rezo mais assombração?
Quanto mais calmo mais me aborreço?

Quanto mais quero mais me digo não!
Quanto mais lembro logo então me esqueço?
Se mais pergunto há menos coração?

 Resultado de imagem para denso medo

Ju pli ja disa despli densa tim’?
Ĉu vivo ja dezerta montras sin?
Ĉu tiu tio tiele en okluzi’
Pendigas min ĝis l’ asfiksi’?

Ĉu la plej torda estos la plej certa?
La plej senkulpa – tiun mi akuzas?
Ĉu la plej stulta estos la plej ruza?
Ĉu tiom klara kiom pli konfuza?

Ju pli mi legas malpli jen mi lerta?
Kiom pli mi preĝas ĉu fantomoj plias?
Ju pli serena do despli ĝenita?

Ju pli volante plie min neante?
Se mi memoras pli forgesas min?
Ĉu plia demand’ malplia kor’ kaj fin’?

quarta-feira, agosto 03, 2016

OBRA ABERTA/ MALFERMA VERK'

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Depois de comer e descomer boca seca anos a fio
vim a compreender (e descompreender):
a vida é tumulto vário o complexo é por demais
aranha engolindo pinto barata peru mamando
formiga zoa elefante guerra massacre paz.
Mais tumulto quem não faz a louca voa em vassoura
mas ele o louco varrido numa casa é o amante
na sua faz o marido segue a peça alucinante
ionesco recita brecht maltrapilho e elegante.

Na caminhada sem lápis o poema se completa
veio escrito na testa veio inscrito na veia
escorregou pelo portal escorreu pelas estrelas
no tumulto sideral comeu luz bebeu fagulha
acendeu risco e faísca compreendeu o que vai ser
ficou sem compreender poema tão escondido
encolhido em seu talvez
mais comeu e descomeu
a natureza sem drama pode encerrar com talvez
          poema mesmo escondido namora o alumbramento!

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Manĝinte kaj malmanĝinte seka buŝo jare tro
venis mi al la kompren’ (poste al la malkompren'):
vivo jen tumulto plura komplekso troiga ja
kokidon glut’ arane’ mamsuĉ’ maleagro blat’
formiko elefanton mokas – milit’ masakro pac’.
Plian tumulton ĉu ne fari frenezin’ balailfluganta
balaita frenezul’ en iu dom’ la amanto
en sia edze rolas rolas daŭre halucina
ionesco recitas brecht ĉifonul’ kaj eleganta.

Dum marŝad’ senkrajone plenumiĝas la poem’
frunte venis verkita vejne venis aliĝinta
glate glitis portalon tra steloj elfluigis
en tumulto sidera manĝis lumon sparkon trinkis
eklumis riskon sparkon komprenante pri estont'
restis tamen sen kompreno ĉi poem’ tiom kaŝita
meze al ebl' humiliĝita
manĝis malmanĝis plu
naturo tute sen dramo jen per eblo povas fini
          poem’ ravitecon flirte eĉ kaŝita ilumin'!

sábado, julho 30, 2016

SABEDORIA/ SAĜECO



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Diante da curiosidade dos amigos a versão fazia sucesso, mesmo não sendo a mais plausível. Após visita a um experiente mestre, a novidade – a cabeça raspada.

Assim: 
“O que você deseja, filho?”
“A iluminação espiritual, mestre.”
Como indicado, fui até à fonte no alto da montanha, retornei ao templo com a mais pura água, servi duas taças, bebemos e me perguntou: 
O que você deseja, filho?”
“A iluminação espiritual, mestre.”
Obediente, fui até o jovem monge, que já me esperava com tesoura, navalha e pente. Retornei ressabiado. O que eu desejava? – insistiu.
“A iluminação espiritual, mestre.” – mal contive a impaciência.
Alcancei a caixa de madrepérola oblonga e elegante sobre a austera estante. Ele determinou: “Abra!”. Dentro, outra caixa elegante. Sobre o veludo lilás, o palito derradeiro. ”Ah... risque!” Como não arriscar? Enfim, a tão sonhada chance! Acendi o fósforo, e se apagou simultânea a tênue luz do recinto. Seu sorriso iluminado, eloquente: 
“Agora, somos dois os iluminados, filho!”  


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Antaŭ la scivolo de amikoj, la versio furoris, eĉ se ne la plej kredebla. Post vizito al lerta majstro, la novaĵo – mia razita kapo.

Tiel:
“Kion vi deziras, filo?”
“La spiritan lumvekiĝon, majstro.”
Laŭ indikite, mi iris ĝis la fonto sur apuda montopinto, revenis al la templo portante la plej puran akvon, servis du kalikojn, ni kuntrinkis kaj li min redemandis: 
“Kion vi deziras, filo?”
“La spiritan lumvekiĝon, majstro.”
Obeema, mi iris al juna monako, jam min atendanta, ĉemane tondilo, razilo kaj kombilo. Singardema mi revenis. Kion mi deziris? – li insistis.
“La spiritan lumvekiĝon, majstro.” – malpacienco apenaŭ tenata. “Venigu do tiun oblongan kaj elegantan skatolon el perlamoto sur la aŭstera breto.” Tion mi faris. Interne, alia eleganta skatolo. Ene, sur lilia veluro, la lasta alumeto. “Eklumigu ĝin”. Kial ne riski? Fine, la tiom longe revata okazo! Kiam mi ekflamis la alumeton, samtempe la milda ĉambrolampo estingiĝis. Elokventis lia lumrideto: 
“Nun, estas ni du la iluminitoj, filo!”