PaPos Nascentes - poéticos, psicoterapia, mentoria

Powered By Blogger

segunda-feira, outubro 24, 2016

TELA SENSÍVEL OU TOQUE DE PELE? / TUŜA EKRANO AŬ HAŬTA TUŜO? (Touch screen or touch of a skin?)


Resultado de imagem para smartfone + net + beijos



ficou sem sinal no fim de semana 
endoidou geral 
sem net um esgana

o mano das minas deu panos pra manga
sem grana pras pingas
já anda de tanga

mais toques nas tela que toques nas peles
amantes modernos
mais lucros pras teles

a conta do smart vem alta pra burro
sem modéstia à parte
- só facas esmurro!

a pele macia a poucos instiga
mas, o que os vicia?
eis o que me intriga

o post no Face cedo se repasse
mas face na face
já faz mais de um mês

postar o que fez a foto a piada
- o beijo talvez
nem vale mais nada

da última vez que deu uns amassos
oh vejam vocês
seis meses - fracasso!

e nem digo mais nos versos concisos
a moça o rapaz
... dois egos narcisos

é que narciso acha feio o que não é espelho
o poema não veio meter o bedelho
em assunto alheio - melhor que me cale
quem pariu mateus que o embale!

**********
mankinte signal' dum semajnfin'
net-manke kaj tute freneze        
gorĝon preskaŭ li premis 

al knab’ de knabinoj temaro ne mankis           

senmone por drink’ 
jam uzas tangaon

surekrane pliaj tuŝoj ol surhaŭtaj tuŝoj     

modernaj amantoj
al tel-entrepren’ jen pliaj profitoj

de l’ smart’ la faktur’ ja troas altege

sen modesteco for
- tranĉilpinta frap’!

haŭtomildec’ malmulton instigas

kio ilin malvirtigas     
tio min konfuzigas    

feisbukafiŝoj frue plusendiĝu    

sed vizaĝovizaĝe       
antaŭ pli ol monat' 

faritaĵojn afiŝi anedokton foton 

eble eĉ kis'      
validas neni’      

en la lasta foj’ kiam ili amoris         

ho ja vidu vi          
sesmonate – fiask’!

nenion plu diru mi tra versokoncizo              

geknaboj finfin            
egooj... narcizoj        

kion spegul’ ne estas abominas narciz’ 

ŝovi nazon en fremdam vazon
ĉi poem’ ne celas - silento do ja plibonas 
ne mia estas la ĉevalo, min ne tuŝas ĝia falo!

sexta-feira, outubro 14, 2016

ALQUIMIA DO DESEJO/ ALKEMIO DE L’ DEZIR’

Resultado de imagem para fogueira do desejo

tendo conhecido mormaço e intempéries
na estrela arguta dos teus olhos leves
e macios como o aroma de diplomacias
hábeis e certeiras - voos de rapina

tendo esquiado nas planícies gélidas
dos teus silêncios mais bravios e duros
ousei acenar-lhe beijos impensáveis:
a aspereza esguia se fez rósea aurora

tendo deslizado o peito nu das incertezas
na areia branda beijada de espumas
e danças do mar desperto pelas pedras nuas

tendo auscultado sintomas e anseios das conchas
das tuas mãos na fogueira do meu ventre
amei o sabor alquímico da tua mina oculta

*********************

travivinte varmetojn kaj tempestoj
tra l' ruza stel' de via okulmildec'
glata kia l' arom' de trafe lertaj
diplomatioj - rabobirdaj flugoj

skiinte sur la frostegaj ebenaĵoj
de viaj plej krudsovaĝaj silentoj
aŭdacis mi vin kisi nepenseble:
roza aŭroro iĝis via magra akrec'

glitinte la nudan bruston de l’ necertec'
sur la milda sablo de ŝaumoj kisata
mardance nudŝtonoj iel vekiĝadas

aŭskultinte simptomajn deziregojn
de l' via mankonko sur mia ventrofajrego
mi amis la alkemian guston de via mino kaŝa

domingo, outubro 09, 2016

ZUMBIDO SOLITÁRIO/ SOLECA ZUMADO


Resultado de imagem para parto humanizado domiciliar








nos ouvidos metálicos da noite
mosquito solitário... zoom zoom
amplia sentimentos remenda sonhos cruciais

o poeta recompõe zoom zoom
enfileira mistérios milênios os chips
dos cérebros recém-conectados
na simultaneidade dos falsos tempos
sucessivos – imprecisos vastos

arrastam-se reptilianos milênios
curvos e instantâneos
alinham-se límbicos séculos
lambendo crias e amadas nuas

amontoam-se infantis alminhas
rodeando o ventre em chamas
escalando neocórtex minutos

oferecem-se poemas ritmos incensos:
o tempo se contrai zoom vibra mais denso
ouço o brilho dos relâmpagos
dos lampejos baços
vejo o som zoom vindo-indo-vindo:
diminuo consciência mergulho zoom
                ... e (re)nasço

volto a ouvir o zumbido metálico
dos mosquitos solitários da noite
                a esperança: um dia despertar!
**********

 Resultado de imagem para parto leboyer ou nascimento sem violência

en la metalaj oreloj de l’ nokto
soleca kulo ... zum-zumadas
ampleksigas sentojn, flikajn sonĝojn

la poeto zume zumadojn rekomponas
envicigas misterojn jarmilojn - ico
de cerboj ĵus konektataj
al falsotempa samtempeco
sinsekva – malprecize vasta

sintrenas kurbe reptiliaj
tujaj jarmiloj
aliniiĝas limbaj jarcentoj
lekante idojn, nudajn amatajn

amaso da infanaj etaj animoj
ĉirkaŭe de flamardaj ventoj
grimpas neokortike minutojn

sinoferas poemoj ritmoj incensoj:
tempo malvastiĝante zumas
plidense vibras
aŭdas mi la fulmobrilon
de l’ palaj ekbriloj
vidas tien reen la zuman sonon:
bremsas mi konsciencon zumedrone
                ... kaj (re)naskiĝas

reaŭdas mi la metalan zumadon
de solecaj kuloj noktaj
                la espero: iam fine vekiĝi!

terça-feira, outubro 04, 2016

DE COR/ PER KOR'


Resultado de imagem para estrelas

a estrela
basta vê-la

mas a amada
é o poema
memorizado conhecido
na ponta da língua

seus segredos
o piano tocado
na ponta dos dedos

Resultado de imagem para estrelas








la stelo
nur videmo

sed la amatino
jen poemo
parkere konata
je la langopinto

siaj sekretoj
jen piano ludata
je la fingropinto

segunda-feira, setembro 26, 2016

MONAĤO KAJ MANDALO/ MONGE E A MANDALA


Resultado de imagem para monges criando mandalas

Atentoplene kaj medite artumadis triopo da monaĥoj. Iom-post-iome aperis mandaloj sur multkolora sablo. Kiaj mirindaj talentoj! Kiaj delikataj juveloj! Kiaj brilaj artistoj! Subite tamen la plej aĝa kaj saĝa nuligas la tutan verkon sen ajna klarigo. Furioze la du religiuloj ekbatis la mokantulon, kiu ridege plu detruis la mandalojn. ‘Kial vi tion faras? Kial diboĉe vi mokas nin?’ Ridego fariĝis rideto kaj kompatoplenaj vortoj sursable aperis: 

‘Nur por evidentigi 
la alligon de l’ egoo 
al la nedaŭreco de formoj. 
Koro kuŝas tie, kie ĝin tuŝas io. 
Nevidebla Mistero kuŝas kerne 
de ĉio’

Apenaŭ avide la disĉiploj eknotis, kien la poem'? 

Silenta Blovo daŭras eterne. 

******

Durante a meditação da Atenção Plena, um trio de monges fazia Arte. Aos poucos apareciam mandalas na areia colorida. Que admiráveis talentos! Que delicadas joias! Que brilhantes artistas! De repente, porém, o mais idoso e sábio desmancha toda a obra sem qualquer explicação. Com fúria os dois religiosos começam a bater no zombeteiro monge, que às gargalhadas destruía mais as mandalas. Por que fez isto? Por que debocha e ri de nós? A gargalhada se fez sorriso e plenas de compaixão palavras surgiram na areia: 

Só para evidenciar  
o apego do ego 
à impermanência das formas. 
Mora o coração naquilo que o atrai. 
Invisível Mistério jaz no coração de tudo.

Mal os discípulos passam a anotar com avidez, onde o poema? 

Silencioso segue o Sopro eterno.

segunda-feira, setembro 19, 2016

POEMA URGENTE/ URĜA POEM'

Resultado de imagem para imagem céu dos passarinhos



POEMA URGENTE

os poemas que não faço

quem os faz? em que aldeia? em que país?
que cantiga brotou feia e foi pousar feliz
no braço do teu violão, meu povão
sempre aprendiz?
segue o verso que compasso?

os poemas que em mim calo

ganham voz com que tambor?
e os que descem pelo ralo?
onde as cordas vocais
pra vibrar a melodia
que meu dia recusou?

lá no céu dos passarinhos

dizem que tem um cantinho
onde a lua lava o brilho
depois sopra brilho novo
inspira estribilho e rima:
o samba urgente do povo
não vai ter dor que suprima!

****



URĜA POEM'


la poem' kiun mi ne faras


en kiu urbet'? kiulande? kiu ĝin faras?


kiu miskanzon' gaje staras


brakume en via guitar',


popolo ĉiam lernanta?


la versoj nun kiel taktas?



la poem', kiun mi sufokas


per kiu tambur' gajnas voĉon?


kiuj voĉ-kordoj vibrigos


la perditajn melodiojn


de mia tag' rifuzitajn?



eble en la ĉiel' birdeta


eble en iu ajn ejo eta


Luno lavas la brilon


poste blovas novan brilon

kaj refrenon rime inspiras:


la urĝan sambon de l' popol'


neniu dolor' ĝin forigas!





 

domingo, setembro 18, 2016

FORFLUO

Resultado de imagem para eternidade


kristalo fontas 

banalo hontas

Vivo horizontas eterne


vertikalas kerne



into onto nune antas


nedaŭre konstantas


tempo kristale forfluas


Vivo ene... kantas


          kanti vive nin influas