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quinta-feira, janeiro 12, 2017
LA KVIN MENSAJ STATOJ DE AJKIDOO
Ajkidoo estas unu el miaj vivpasioj. Multas la virtoj de tiu nomata Paca Luktarto. Multe gajnas nia korpo, animo, mensa stato kaj spirito. Alivorte, krom saniga Ajkidoo estas eble iluminiga. La suban sondosieron produktis kaj legis Prof. Herbert A. Welker pri prelego de Edimar Silva, teozofo kaj ajkidisto. Welker kaj mi certe multe lernis dum la prelegsesio okazinta en Teozofia Societo, en Braziljo/DF.
Nur bona praktiko ebligas la lernadon de Esperanto kaj Ajkido.
Se la temo allogas vin, do bonan profiton!
http://esperantaretradio.blogspot.com.br/2017/01/la-kvin-mensaj-statoj-de-ajkidoo.html?view=classic
*******
Aikido é uma das paixões na vida. Muitas são as virtudes dessa chamada Arte da Paz. Ganham muito nosso corpo, alma, estado mental e espírito. Em outras palavras, além da saudável, Aikido seria propiciador de iluminação. Prof. Herbert A. Welker produziu e leu o arquivo de som sobre a palestra de Edimar Silva, teósofo e aikidoista. Welker e eu na certa muito apendemos durante a sessão ocorrida na Sociedade Teosófica em Brasília/DF.
Só uma boa prática possibilita aprender Esperanto e Aikido.
Se o tema te atrai, bom proveito!
http://esperantaretradio.blogspot.com.br/2017/01/la-kvin-mensaj-statoj-de-ajkidoo.html?view=classic
terça-feira, janeiro 10, 2017
FLAMO VERA / CHAMA SINCERA
Flamo Mi Estas
cetero nur iluzia limo
cerba fikcio
malekzistas limo landlimo
por flugo naĝo en cerboj
birdaj fiŝaj
senlime plia efiko
kora komuniko
interlingvas
homflugo naĝo ĉu dependas de aĝo?
onin liberas homa fantazio:
enkore jen realo de Poezio.
**************
Chama Eu Sou
limite ilusão no cérebro
só ficção
inexiste limite fronteira
aos voos nados no cérebro
de aves peixes
sem limite mais eficaz
comunicação e paz
interlíngua
voo nado humano ao Vazio
libera em nós fantasia:
sem idade o coração Poesia.
terça-feira, janeiro 03, 2017
ĈU IO?
gravurita je necerteco
kaj lumo
plena je imagoj
verkas realaĵojn
ĉiu poemo: poezia
palpebrumo
ĵusa manifestacio
poemo sentempas
ene de Historio:
ebligas vidigon
de Poezio - ĝi mem
ĉu malkio?
***
esculpido na incerteza
e na luz
pleno de imagens
cada poema recria o real:
piscada poética
manifestação recente
poema atemporal
dentro da História:
torna visível
a Poesia - ela mesma
inexistência?
https://eo.wikipedia.org/wiki/Elektrono
terça-feira, dezembro 27, 2016
GRAVECO
Religio estas la plej grava kaj respektinda afero por tiuj, kiuj opinias, ke religio estas la plej grava kaj respektinda afero. Indas tamen pensi pri tio: "Religio estas kvazaŭ botelo, kies esenco esta spiritualeco. Kiu opinias, ke sia botelo estas la sola ĝusta, tiu anstataŭis la esencon al etikedoj, dogmoj, kredoj." (Trovite ie ajn;)
domingo, dezembro 18, 2016
KREOTA TEKSTO
[Pro sia enhavo mem la teksto transiras de Esperanto al la portugala, kie ĝi staras. Por seu próprio conteúdo o texto transita do Esperanto ao Português e nele fica.]
1
La ĵus kreota teksto iel jam nunas ie. Kie? Mistere ĉie kaj
nenie. Samtempe. Diversloke. Kial kreotaj tekstoj tiel instige misteras? Mi gapas!
Acordo essas palavras ditatoriais me impondo despertar, ruminar, escrever. E reflexões tais. Por que no quem-sabe-sonho essas as palavras que me despertam? Por que me
chegam fluxo-de-consciência-rio pororocas?
Calma, leitores. Traduzo ao português. Quem sabe kreota klariga teksto, tradukota teksto me revele mistérios do que, estando por ser criado, em algum
espaço-tempo já está criado! Vai dar trabalho traduzir do sintético original ao
palavroso similar em português. Mas, vamos lá!
O texto está por ser criado agorinha nos próximos instantes. De algum modo já agoresce. Onde? Mistério em toda parte em parte alguma. Ao
mesmo tempo. Diversos lugares. Pluridimensional. Por que textos a serem criados instigam? Boquiaberto-me!
Ao transitar da síntese na formulação linguística do
Esperanto ao espraiado palavroso da possível versão na língua primeira materna étnica a moldar meu
espírito desde tenra idade, a brasileira portuguesa, o comparar versões traria luz insuspeita sobre processo de criação mecanismo mental peculiar que sequer psicólogos desvelam. Habilidade psíquica emergente em quem falescreve até sonha em esperanto? Explico.
2
O sonho noturno-matinal tinha imagens
inusitadas, instigantes. Veículo que dirigia sabe-se lá como numa curva da estrada se separa de mim, segue adiante, se perde! Só some. Intrigadíssimo fico para trás incapaz de me boquifechar. Perplexidade não me deixava. Ao despertar, como saber se não é justo enquanto durmo que estou mais... desperto? Ainda sem encontrar o desviado apartado veículo, deparo com o
mistério do texto nítido insabido. Insistia em aparecer no céu da
percepção, incrível, criável, em esperanto. As reflexões na sequência do sonho
do veículo perdido do texto que me abalroava, veículo-perdido-sem-motorista, compartilho em português com leitor/leitora virtual com quem dialogo enquanto-o-texto-se-formula. Esse
compartilhar chama o próximo bloco, como se diz em linguagem televisiva.
3
Melhor esmiuçar a tradução. Não sei se em busca do eu-motorista, do veículo-texto, do possível sentido do e/ou em vez de só do ou. Como queiram! Que meios e modos tem o texto original na sua peculiaridade esperântica? Ô, recriem comigo a palavra!
Primeiro esse ĵus
kreota teksto (“texto por ser criado nos próximos
instantes”) deve ser caixinha-mil-compartimentos que fazem a
alegria da namorada. Caixinhas mórficas – alguma relação com a ressonância mórfica de Sheldrake? – precisam ser pormenorizadas. Ora, krei
é verbo no infinitivo (criar) está como adjetivo de teksto (texto) no particípio-com-matiz-de-futuro. Calma, no português tem isso não. Mais devagar! Particípio assim representa idiossincrasia ou idiotismo, no jargão
linguístico, da língua iniciada por Zamenhof. Afinal, só no esperanto é que temos na letra-morfema -o- do kreota a ideia de tempo verbal futuro. Esse tempo verbal vem com a letra-informação -t- do particípio. Em português particípio já vem no passado e, como no esperanto, já nasce virtual adjetivo. Acompanhou?! Traduzir kreota teksto me faz verborrágico em português. O tal kreota teksto refere-se ao ĵus vindouro texto, o que está
por ocorrer quase no justo momento em que me expresso verbalmente. Na dimensão
mental, psíquica, cósmica, o kreota teksto prescinde
da kreota categoria de tempo e espaço, tão útil na manifestação acústico-articulatória na nossa
cotidiana terceira dimensão de falantes comuns, mesmo se incomuns. Daí esse conto-crônica-ou-assemelhado a boquiabrir-nos. Prometo dia desses o final deste texto. Com a kreota gramatika analizo. Sacou?
domingo, dezembro 11, 2016
PONTE PARA O FUTURO? / PONTO AL FUTURO?
Sob o peso execrável da soberba
a ponte complacente desmorona
esfarinham-se no mesmo saco
transeuntes rígidos vindos da direita
e da esquerda: os do centrão
precipitam-se no abismo da vaidade
A pinguela na sua humildade
só deixa passar a leveza da luz
um de cada vez - e todos somos um? -
o farol de um darma o ensino de um carma
o passo do ente na estreiteza do drama
Rompida e corrompida
a ponte para o futuro
se sabe abismo
Na pinguela do humor
transita o amor do ente
o amor dos que se abismam
e passam
Todos passam. Tudo passa.
Sub l' abomena pez' de l'aroganto
la indulgema ponto jam disfalas
disŝiras en la sama sako
rigidaj preterpasantoj el dekstro
kaj maldeskstro: tiuj de l' ficentrego
ekkuregas en la abismon de l' vanto
La pontaĉo ja humile
nur pasigas la leĝeron de lum'
unuope - ĉu ni ĉiuj estas unu? -
la lum-tur' de darmo la instru' de karmo
la paŝo de l' esto en la malvasta dramo
Rompita koruptita
la ponto al estontec'
sin scias abismo
En la pontaĉo de l' humor'
transiras la am' de l' esto
la amo de gapigitaj
preterpasantoj
Ĉiuj pasas. Ĉio pasas.
PERDÃO / PARDONO
Homenagem a Ferreira Gullar
Sofre a Poesiaa cada baixa de um dos seu cultores
que não a faz sofrer
Ilumina-se a Poesia
quando se cala a voz
dos que nunca se calam
ante injustiças no poder
apodrecido da soberba
Solidariza-se a Poesia
com os deserdados
os empobrecidos
pela infâmia dos governantes
que traem a própria alma
feita insensível pela ganância
Redime-se a Poesia
aplaudida de pé pelo silêncio sagrado
dos que sofrem
a dor sem remédio
dos opressores contumazes
ou de ocasião
Poesia - perdão na denúncia implacável.
******
Omaĝe al Ferreira Gullar
Suferas Poeziopro la morto de elstara poeto
ĝin ne suferiganta
Enlumigas Poezio
kiam silentas la voĉo
de tiuj neniam silentigitaj
antaŭ maljusticoj de povuloj
putraj de l' aroganteco
Solidarigas Poezio
al senheredigitaj
al malriĉigitaj
de la maldeco de povuloj
perfidantaj la propran animon
malsentma pro voluptemo
Elaĉetas Poezio
aplaŭdita piede de la sankta silento
de l' senrimedaj suferantoj
de la doloroj
de la obstinegaj aŭ eventualaj
subpremantoj
Poezio - pardono dum nepardonema denunco.
terça-feira, novembro 15, 2016
LÁGRIMA SINCERA E CASTA / LARMO SINCERA ĈASTA
Ô lágrima glacial desse novembro inquieto,
como fazes tobogã nas maçãs do rosto
da Poesia lenta e dengosa?
Como desces densa e doce sobre o poema
assustado e arredio?
Lírico, mas precavido, o eu lírico se comove
com a mancha no papel
impressa por essa lágrima chuva
de um novembro seco por Justiça
que se virá já tarda requentada fria
Chovem graves denúncias gordos salários
esbanjando privilégios
contra essa Justiça entre nós praticada?
Parece refletir no espelho susto
dos olhos da amada
essa suspeita sem jeito
deitada sobre agentes
do Direito esbugalhado e em frangalhos:
aos amigos quebra-galhos
aos desafetos surra de varas
Pelo alvoroço das ratazanas
parece chover de encharcar palácios
dos três poderes minúsculos e vorazes
na apresentação da conta ao povo
a conta dos desmandos de poderosos
a conta do desmancho de mecanismos
do investigar e punir
a conta do faz de conta que se legisla
executa e julga para a cidadania
Como secar a mancha no poema
sem desautorizar a lágrima
sincera e casta que a promoveu?
***************
Ho frosta larmo de tiu malkvieta novembro,
kiel glitas vi sur la vang-ostoj
de Poezio lanta kaj afektema?
Kiel densa dolĉa glitas vi sur la poemo
ektimiga kaj foriĝema?
Lirika, sed singarda, kortuŝa lirika mio
pro surpapera makulo
printita de l’ pluvo de tiu larmo
novembra avida je Justico:
se venonta, malfruas revarmiga malvarma
Pluvas ĉu gravaj denuncoj diksalajraj
malŝparo privilegioj
kontraŭ tiu Justico ĉe ni praktikata?
Ŝajnas riflekti sur la ektimiga spegulo
de l’ amatina okuloj
tiu suspozo fuŝa
kuŝanta sur agentoj
de Juro ĉifona elorbigita:
por amikoj elturniĝoj
por kontraŭuloj frapego.
Laŭ la agitiĝo de rategaro
ŝajnas pluvego inundiga de palacoj
de l’ tri povoj minusklaj avidaj
prezentantaj al civitanar’ la fakturon
la fakturon de devioj de povuloj
la fakturon de nuligo de meĥanismoj
de investigado kaj puno
la fakturon de la mensogo: oni leĝofaras
ekzekutas kaj juĝas por la civitanar’
kiel sekigi la makulon sur la poemo
sen senrajtigi larmojn
sincerajn ĉastajn ĝin promociinta?
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