terça-feira, setembro 17, 2013

SOL /SUN'



Confiança ou sem fiança

compaixão e sem paixão,

energia, integração!

Troca é só fofoca?

Pertencimento é cimento!

Movimento movo invento:

pulso expulso impulso.

Na Presença tem sabença

                           - sapiência!

e por isso, gratidão

é o que te dão


dentro da dignidade sou todo conexão!


[Poema composto a partir de palavras da 8ª Classe da Turma 7/BSB da DEP - Dinâmica Energética do Psiquismo] 



**********

Konfido aŭ sen garanti’

kompato kaj sen pasi’:

energias integriĝo!

Interŝanĝo klaĉas nur?

Nin cementas aparten’!

Movmovas mia invent’:

pulso forpelo impulso.

Ĉeeste saĝas klereco

                     - plensaĝeco!

Pro tio plenas dankem’

sekva donaco al vi 



Dignoplene tutkonekto iĝas mi!


[Poemo komponita ekde vortoj de la 8ª Sesio de Klaso 7/BSB de DEP - Dinamiko Energia de Psiĥismo] 

segunda-feira, setembro 09, 2013

PER VERSOJ


per versoj persvadi
poezie jam li penis
pervorte post revadi
al poezio li revenis

persekuto ekaperis
li tamen ne komprenis
ŝtelon imagis menso
stela fariĝis l' esenco.

segunda-feira, setembro 02, 2013

PLUVOFLUO


finfine pluvas
vivo vigle printempas
viglo vive sentempas
samtempe sereno
samtempe tempesto

verdo revenas al nesto
io venenas - foresto
ĉu io ĝenas - marĝenas
sed kio silente festas?
Esto,
Ĉeesto, kiu estas!

vigle vivo saĝas
mia koro ne aĝas
senage agas senprave pravas
kiu atente atestas?
kiu foriras? kiu restas?

rigardo singardas
emocio invadas
mildeco kaj ardo
en brusto
frustro sin lavas
okuloj larme pluvetas
vivo moviĝe pluvadas
plivigle pluvegas
sekeco ne plu
naturo jam regas
eĉ verdas la blu'
- mia vivo, mia flu'!

quarta-feira, agosto 28, 2013

FRAÇÃO DO ETERNO / ETERNA ERO




poesia projétil percorre teu dorso
escorre meu verso erétil liberto
de panos e planos
na tela macia do lençol bordado
me queres namorado
te quero assim esguia
mistério indecifrado

minha palavra projeto
meu verso alto te falo
meu sussurro (in)delicado
percorre orelhas e dobras
e dobras assim os joelhos
tua testa me testa e falo
no seu ouvido e falo na sua boca
cilindro lindo te envolve e louca
e me devolves poesia
no teu silêncio mais terno:
- momento que o tempo suga
somente semente - eternos!




Pafaĵ'poem' vian dorson trakuras
erektebla mia vers’ elfluas
libera je drapoj kaj planoj
sur l' mola tol’ de lit-tuk’ brodata
vi min volas koramiko
vin mi volas subtila
mistero nedeĉifrata

mian vorton mi projektu

mian verson alte diru
mia delikata murmuro
trairas orelojn faldojn 
kaj faldas vi la genuojn
min testas la frunto
mi diras faluse
ĉe via orelo kaj buŝo 
cilindro ĉirkaŭas vin 
freneza poezion redonas vi 
per via plej milda silento:
- momento suĉata de l’ tempo
semosperme - ni eternas!

sábado, agosto 24, 2013

POEMO JEN NOKTUO BLUA / POEMA UMA CORUJA AZUL EM FUGA






forfuĝas ribele nokto blua
dum poemo skuas ien. kien? 
elfluo bruas brua brue
enue teda noktuo pledas:
nur nokte mi videtas
dum subsune mi blindegas
ho ve! nia vivo min ridigas:
ju pli miaj okuloj malfermetas
des pli misdorme mi dormetas

noktuo do klarigas:
vidinte min oni imagis min simbolo
pri saĝo, klarmenso, eĉ lerteco
ju pli saĝon deziras mia volo
des pli stulte dormemas tia eco

jen do noktuo iĝas mi:
sendorme mi verson persekutas
ĝis kiam poemon oni aŭskultu
- senlume kaj blinde mi baraktas
dum ribele poemo blue skuas...
mi bele tion verke misredaktas
forfuĝe bele-ribele nokto noktue bluas 


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POEMA UMA CORUJA AZUL EM FUGA

 


rebelde em fuga a noite azula
o poema ginga e se esvai
no frufru o fluir... pra onde vai?
tédio, coruja, mocho, muxoxo:só à noite vislumbro
e tanto sol me cega

- eta vidinha besta a nossa!

tanto mais olhos semiabertos
mais o cochilar meio desperto
nota de esclarecimento da coruja:
no imaginário humano, símbolo
de mente clara, sabedoria, até esperteza:
quanto mais sabedoria quer
mais estúpido o cochilo na incerteza
quanto de coruja tenho sido!

maldormido um verso persigoaté que um poema se escute
- cego no escuro às apalpadelas
nisso, o poema azul me escapa...redijo esta beleza maltratada
fogem sabedoria, noite, coruja, a Poesia 

quinta-feira, agosto 22, 2013

SAĜO



nekonvinkite pri homa nescio
saĝulon li malsaĝe imitis.
Kormove belinon li invitis
ludi ame.
Amante vere
ili ja saĝiĝis
same.

segunda-feira, agosto 19, 2013

TREZE POEMAS E UMA FUGA

Papos Nascentes recebe 13 poemetos e uma fuga em língua materna nascidos em madrugada torrencialmente produtiva. Aspirantes à amplidão, gostariam mesmo é de serem bilíngues, oscilando do Brasileiro (jeitinho doce de falar Português) ao Esperanto (jeitinho esperto de dar um chega pra lá na barreira das línguas).

A fuga fui encontrá-la escondida debaixo de um temor ao ridículo. Ao me ver, fechou os olhinhos, como fazem as crianças, supondo assim anularem perigos do mundo. A fuga se deu pela crença forte, quem sabe infantil, na minha incapacidade de recriar cada um dos 13 poemetos em Esperanto, já que poemas não se traduzem, mas se recriam de língua para língua, com artimanhas de poeta...

Assim, nasce o tímido pedido. A recriação desses 13 poemetos se faça leve e prazerosa brincadeira de criança. Sem a seriedade pesada do adulto, em geral esmagado por urgências tão inadiáveis quanto desimportantes... Fica o convite à sua criança. Que ela tome pelas mãos o adulto que quer brincar de melhorar o nível de expressão em Esperanto. E só de brincadeira ingressa na equipe de traduto..., digo, de recriadores de poemetos, não importa quantas outras crianças estejam também na ciranda. Ciranda cirandinha vamos todos cirandar!


1.           AMPUTAÇÃO
só o que conta
computo
só se me dispo
disputo
por duas vezes
reputo
e não tem
meu pé me dói:
amputo
puto
e puto!



2.           DOIDO DOÍDO
é doação?
doo
é doeção?
também doo
e a duração?
perdoo?
antes me atordoo



3.           SEM TEMPERO
estive doido
estou doído
(na comunicação
o ruído)
endoideci
adoeci
(na alma
agrura: o roído)
na amargura,
algum milagre?
― to no vinagre!
do fim do ardor
algum sinal?
― to no sal!



4. DUPLAS
a fé e o fel
o amém e o mel
a dor e o odor
(odor do ardor?)
a harpa a carpa
e o arpoador
a farpa e sua escalada
(a escapada e a escarpa)
a cerca e o circo
(e acerca do cisco)
o petiz e o circo:
um petisco!
a marca e o carma
que a carne marca
a busca e o lusco-fusco
o apocalipse
e esta
besta
do após calipso
     eu, besta
     ― e basta!



5.           FULGOR FUGAZ
a folha em banco
          em branco
não passa
― ou é falha!
o poema é o branco
da folha
por trás do trilho
do estribilho
por trás das letras
                 pretas
portais
(do brilho?)



6.           CURTO
três versos
onomásticos
ou no máximo
uni
      verso!



7.           EPA!
o espaço no papel
o tempo insone do poeta
o papel do poeta
o passatempo da insônia
doída da ida
(sem volta?)



8.           NÃO BROMETO NADA
que poemeto
meto
neste canto?
brometo!
suicídio?!
(por cianeto
de potássio)




9.           FINURA
Text
       í
       c
       u
       l
       o
assim
com
pac
to
fura
o
pa
ca
to
cura
o
pe
ca
do?!



10.        DE CIMA
rima
com pés
quebrados
rima
com nada
aí em cima
(essa dor
não fode
nem sai...)



11.        OBRA
na dobra
o poema
se desdobra
e recobra
o tema
(essa lua
macabra!)
comovidos
o diabo
e o conhaque



12.        DOZE?
dose!
me larga!
a vida
é 12
ou amarga?



13.        DESTILAÇÃO DESTILAMENTO
deste lado,
o sofrimento
se faz poesia

destilada,
a poesia
escorre a vida

lado avesso
da vida
é o verso
do verso
do avesso
da vida

avesso
a trocadilho,
apenas converso
a trocar
idílio

destilado
o iso-lamento
deste lamento
deste alimento

desta alimária!

RELATIVO

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