terça-feira, dezembro 17, 2013

FULMOBRIL' / QUANDO O HAIKAI!

 

fulmobril’!
lumiga hajk’
lumpoezi’

zum’ zit!
voj-eletronik’
plejbonen zit!

falonta kajk’
sur vortonid’:
mirindas poezi’!


num relâmpago
o haicai:
ilumina-me a poesia

num átimo
percurso-me eletrônico
do átimo ao ótimo

se o haicai 
no ninho das palavras
céu de brigadeiro: poesia!

terça-feira, dezembro 10, 2013

OPUS MAGNUM


da polifonia do texto
o pretexto para a sinfonia
da polissemia do poema
o teorema da poesia

da harmonia rítmica do metro 
o casamento alquímico
dos nossos lábios e genitais
transmuta o que ainda chumbo
em ouro alquímico e paz
perfuma o atanor
ainda mais o nosso amor

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el la tekstopolifonio
preteksto al simfonio
el multsignifa poem’
la poezia teorem’

de l’ harmonio metroritma
la alkemia edziĝo
de niaj lipoj kaj naskig-organoj:
kio ankoraŭ plumba ja transmutacias
en alkemian oron pacan
parfumas ankoraŭ plie
la ujon viglan de nia am’

quarta-feira, dezembro 04, 2013

DANCEI_DANCADO



Repetitivo e mecânico
ponteiro analógico saltitava minutos
e os escondia na sombra do esquecido
Repetitivo e dinâmico
o pingo digital piscava segundos
e os diluía no rio das águas domésticas


A sombra carcomia, ferrugem insidiosa,
o férreo enrijecimento de convicções ocas
Domesticadas águas
esqueciam-se força motriz
turbilhão quilowatt-hora
jaziam encolhidas, mas sambavam…


Num canto do palácio, masmorra
sótão calabouço inconsciente,
o palhaço engolindo soluços
e implorando solução
gargalhava nervosamente.


Entre desengonçadas cambalhotas
era eu quem sambava!

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Ripeta kaj meĥanika
minutojn analogia montrilo saltetadis
je la ombro de forgesitaĵoj ilin kaŝadis
Ripeta kaj dinamika
sekundojn cifereca gutet’ blinkadis
en la river’ de domaj akvoj ilin diluadis


Rusto perfidema, umbro eroziadis
la feran malmoligon de konvinkoj malplenaj
Dresitaj akvoj
sin forgesis movoforton
turn-akvon kilovatto-horon
kuŝadis timeme, sed sambadis…


Angule de palaco, karcero
subtegmento nekonscia kel-karcero,
klaŭno singulte glutadis
kaj petegante solvon
nerveme ridegadis.


         Meze malelegante
         kapriolajn transkapiĝojn
         estis mi, kiu sambadis!

quarta-feira, novembro 27, 2013

DESILUMINAÇÃO/ MALLUMIGO


Desista: desiluminar-se – uma impossibilidade absoluta! (Autor desconhecido)

dia desses deitei-me disponível
odor... indícios pra fazer amor...
em seus perfumes a parceira me chegava
disponível talvez
talvez indisponível
diante da verdade altares desvanecem
incensos se apagam, mas resta aquilo que é.
pra’ traduz finalidade,
mas ‘tradução’ é tudo o que não é!
a única finalidade da Vida é ser ela mesma.
assim. assim. assim!
acontece. não depende de mim
mesmo universendo-me
mesmo imerso em união
cada verso emana de si mesmo
sem Eu sem fazer sem nada não
e de amor entendo não!
e se tiver a tal Maiúscula
a Verdade mesma se impõe:

Amor – pura complicação!

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Forlasu: mallumigi, tio tute maleblas! (Aŭtoro nekonata)

iun tagon enlitiĝinte mi disponebla
iu flaro... indico por amofarado...
parfumita la partnera venado
disponebla eble
eble ne
antaŭ la Vero altaroj disfumiĝas
incensoj estingiĝas, sed restas
kio estas.
celon tradukas por 
sed traduko estas nur
kio ne estas!
la sola celo de Viv’ estas ĝi mem.
tiel. tiel. tiele!
okazo. sendepende de mi,
eĉ universiĝinte
eĉ unie mergiĝinte
el si mem emanas ĉiu verso
sen iu Mio sen iu faro sen io ajn
sen ia scio mia pri am’!
se majusklas iu liter’
sintrude mem jenas la Ver’:

komplike nuras la Am’!

quinta-feira, novembro 21, 2013

ARISCO/ RUZETA



(Fuga de Bach - audível e 'visível'// Fugo de Bach - aŭdebla kaj 'videbla')

como uma fuga de Bach, o meu poema, saltitante,
mostra logo onde está:
menos perto que distante

         e logo que perto chego encontrá-lo quem garante?
         - chega pertinho, nego!
         e ele se vai, saltitante.

já te pego ali na esquina, te pego logo adiante!
e o brinquedo assim termina:
ele, inteiro... 
                   eu, ofegante!

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kvazaŭ fugo de Bach mia poem’ saltetas for,
montras kie ĝi staras:
malpli ĉi ol tie for

         dum mia tuja proksimig’, trovi ĝin... sen garanti’!
         - venu, venu, mia amik’!
         forire saltetas ĝi.

ĉe strat-angul’ tuŝos vin, vin prenos jam tie for!
venas l' ludet’ al l’ fin’:
ĝi viglas... 
                spiregas mia kor’!

quarta-feira, novembro 13, 2013

TRISTEZA DO JECA REVISITADA



tristeza
tristeza sem trégua
sem paradeiro sem rumo:
rico lavando a égua
pobre levando fumo


tristeza bicho escondido
de tocaia lá no fundo
tenho o coração ferido
e nem me chamo raimundo
mundo mundo vasto mundo
faz isso comigo não!

terça-feira, novembro 05, 2013

FUGAZ/ EFEMERA


poema desce a escada
pé ante pé em silêncio
chega mansinho e se agrada
faz um barulho imenso

bate os pés na madeira
as sombras ouvem o ruído
o samba levanta a poeira
leva às ruas o alarido

mas pára e foge correndo
se o poeta desconcentra
e perde o fio da meada

fica às vezes se escondendo
entra, sai, de novo entra:
- a magia foi quebrada

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silente kaj pied'-pinte
malsupreniras poem’
el ŝtuparo alveninte
kun bruego en alven’

surligne piedo batas
ombroj brue aŭdatas
agiton la sambo staras
bruon portas al stratoj

sed haltas kaj kure fuĝas
se l’ poeto malkoncentre
tute perdas la fadenon

ĝi foje forire sin kaŝas
eniras, eliras, reeniras
- jam fiaskis la magio 

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