domingo, fevereiro 13, 2022

OPUS ALQUÍMICO/ ALĤEMIA LABOR’

 

OPUS ALQUÍMICO

vaso alquímico arte

beijos bodas celebração

poeta poema poesia

e transmutação

 

jogo fogo brinquedo em conjunção

nigredo segredo rubedo albedo

onde o todo? onde a parte?

 

animus-anima – casamento anímico

Eros-Psique beijo alquímico

celebram a Totalidade em mim:

o Self serve sem fim sem fim sem fim

 

ALĤEMIA LABOR’

alĥemia ujo arto

kis’ celebro edziĝa

aliformiĝas poeto poem’

poezi’

 

konjunkcie ludo fajro ludilo

nigredo sekreto rubedo albedo

kie tuto? kie parto?


animus-anima – anima edziĝ'

Eros’-Psiĥo – alĥemia kis'

ĉio celebras Tutecon:

Self’ servas sefine sefine sefine


sábado, janeiro 08, 2022

IMAGENS SONHOS REFLEXÕES / IMAGOJ SONĜOJ REFLEKTOJ


IMAGENS SONHOS REFLEXÕES

sou metonímia íntima

contemplar tuas partes

me revela o Todo


sou metáfora franca

brinco dentro-fora-dentro

sinto o Centro Ser em mim


sou poeta visito tua imagem

te saber miragem nuvem

entremostra essência perfume


mesmo que de amor gema

sei que amor com algema

não rima amor exala esperança


mesmo se temporal chuva

surge o Sol interno desarmado

vacinado imunizado outra vez feliz


IMAGOJ SONĜOJ REFLEKTOJ

intima metonimi'

kontempli viajn partojn

al mi rivelas la Tuton


sincera metaforo

ene-ekster ludas 

Centro Esto estas mi


vian imagon tiu poet' vizitas

scii vin miraĝ' nub'

ekvidigas esencon parfumon


eĉ se pro amo mi ĝemu

am' kun mankaten' ne rimas

esperon amon eligas


eĉ se tempesto pluv'

vakcinata imunigata refeliĉa

enas supoza malarmata Sun'

sexta-feira, dezembro 31, 2021

VINHO/ VINO



 VINHO

poesia engarrafada

merece cálice de vinho

poema vive de bem

com Baco ou Dionísio

cálice de vida dose nada sóbria

de poesia

degustar vinho vida poesia

se embriagar de amigos

amigas metáforas


vinho sabe a companhia

e não passa ao largo

se o vinho vem sozinho

quem azedo? quem amargo?


se em mística solidão

se lembre de celebrar

a indecifrável metáfora

a inseparável unidade

o amor de Mãe Gaia

no insondável coração!


VINO

enboteligita poezio meritas glason

da vino. Feliĉan poemon, kiuj bone vivas 

kun Bako aŭ Dionizo

glaso da vino dozo neniel sobra

da poezio

frandi vinon vivon poezion

nur ebriiĝi de amikoj

metaforoj amikinoj


kompanion scias vino

volas esti via paro

kiam vino sola staras

- kiu acidas? kiu amaras?


dum mistika soleco

ĉiam memoru celebri

nedeĉifreblan metaforon

neapartigeblan unuon:

la am' de patrino Geo

en nia nesondebla kor'!



quarta-feira, dezembro 15, 2021

CRONOLOGIA DE DESAFETOS/ KRONOLOGIO DE MALAMIKOJ

 


                         Fotis Paulo P Nascentes

CRONOLOGIA DE DESAFETOS

Vila Abraão molhada

de chuva:

plantas sorriem discretas

pessoas no talvez susto

querem indiscretas saber duração

Ilha Grande museu memórias

do cárcere tentativa de amedrontar Graciliano

em vão – em dois volumes

conta tudinho comida latrina

insalubre ausência de dignidade

sol a pino chuva fina

indecente sem pudor


na Praia de Dois Rios sífilis horror 

se dizia Casa de Correção

pura ironia? supremacia do conflito

sobre a diplomacia sem vencedor – só vencidos

grita o tempo no museu: ninguém venceu!

 

KRONOLOGIO DE MALAMIKOJ

Vilaĝo Abraão malseka

pro pluvo:

plantoj ridetas diskretaj

homoj ebla ektimo maldiskreta

volas scii pri daŭro

Ilha Grande muzeo memoroj

de karcero provo timigi Gracilianan plumon

vane – duvolume

ĉion ĉion rakontas manĝo necesejo

nesalubra manko de digneco

zenita suno minca pluvo

maldeca sen-hontema


en Plaĝo Du Riveroj sifilis' abomeno

sin nomumis Pun-korektejon

ĉu pura ironio? supereco de konflikto

super diplomatio sen venkinto – nur venkitoj

krias tempo en muzeŭ: venkis neniu!


quarta-feira, novembro 17, 2021

VELÓRIO DE SOMBRAS / FUNEBRA CEREMONIO DE OMBROJ

 

VELÓRIO DE SOMBRAS

                           (pós pesadelo)

abstrato incorpóreo universal

masculino feminino primordial

minha alma tem

retrato sem corpo em água e sal

tem dentro de mim assim assim

pai histórico mãe histórica histérica

só memória em água e sal

 

essa história incorpórea

em mim corporifica

em zelos desmazelos pesadelos

novelos enredos peixe e redes

naufrágios no mar inconsciente

onde também tem sonhos e sedes

fomes de afeto afagos anfíbios

afogados entre mar e terra

 

nesse meio tem meus anseios

onfalos ânforas falos receios

conchas carapaças caramujos

alma áspera à espera de féretro

                    à espera do de cujus...

 

FUNEBRA CEREMONIO DE OMBROJ

                           (post koŝmaro)

abstrakta senkorpa universala

praan viron inon

portas mia animo 

senkorpa akvo-sala portreto

en mi estas tiel-tiele

historia patro historia histeria patrin’

nur akvo-sala memor’

 

tiu senkorpa histori’

enkorpiĝas ĉe mi

per zorgoj malzorgoj koŝimaroj

fadenbuloj intrigoj fiŝoj retoj

ŝip-dronoj en nekonscia mar’

kie ankaŭ jenas sonĝoj soifoj

kor-inklinaj karesaj malsatoj

dronitaj amfibioj inter mar’ kaj ter’

 

meze al tio, miaj angoroj

omfaloj amforoj falusoj timoj

konkoj karapacoj helikoj

akra animo l' ĉerkon atendante

                l' kadavron atendante...


domingo, outubro 31, 2021

NÓS NO PERCURSO desate os seus / NI NODOJ DUM TRAIRO eksplodigu la viajn


NÓS NO PERCURSO: desate os seus

    Conflitos se avolumavam. Éramos inimigos fractais. Nós no percurso criamos e desatamos nós.

    -- Segura as pontas!

    Unimos algumas, criamos laços. Quem nos via assim mal sabia de nós, embaraços, emaranhados. Quem se unia a nós revia percursos, criava laços, unia traços, ressurgia no amor, retomava confiança, dava linha aos sonhos e nas asas do sentido recriava convivências. Nós no percurso reatávamos laços com os nós e o Si-mesmo em cada um. Agora amigos fractais, adivinhávamos sinergias no novo navegar. Preciso. Mais precisos, mais vagar trazíamos ao viver. Navegar é preciso, tanta correria não!

    Paisagens nós mesmos criávamos na criação do percurso de nós cegos a nós na fita. Enfim, holos e elos cultivávamos.

    Que venham a nós os nós cegos de inimigos fractais. Nós desatamos. Nós no percurso sabemos: o percurso somos nós!


NI NODOJ DUM TRAIRO: eksplodigu la viajn

    Konfliktoj volumiĝis. Estis ni fraktaj malamikoj. Ni dum trairado kreas kaj eksplodigas nodojn.

    -- Prenu malfacilaĵojn!

    Kelkajn ni kunligas, maŝojn ni kreas. Kiuj tiel vidis nin apenaŭ sciis pri ni, niaj nodoj, embarasoj, konsterniĝoj. Kiuj al ni kuniĝis rekonsideris trairadojn, kreis maŝojn, kunligis tajtojn, reekaperis ame, reprenis konfidon, nutris sonĝojn, revojn kaj tra senco-flugiloj rekreis kunvivadojn. Ni dum trairado religis maŝojn kun ni kaj tiu Si-mem en ĉiu ni. Nun fraktaj amikoj, sinergion ni divenis dum nova navigado. Necesa. Preciza. Despli pli precizaj, pli malrapide vagadis dum nia vivo. Navigi necesas, tioma kurado ne!

    Pejzaĝojn ni mem kreis dum traira kreado de ni mem, trairon ni kreis: trairo de ni el neelnodigebla nodo al ni sukcesuloj. Alivorte, holoson kaj ĉenerojn ni kulturadis.

    Venu al ni la neelnodigeblaj nodoj de fraktaj malamikoj. Nodojn ni elnodigas. Ni dum trairado scias: la trairado ni estas!


terça-feira, outubro 26, 2021

NO PROCESSO, LIBERDADE/ DUM PROCESO, LIBERECO

 

NO PROCESSO, LIBERDADE

não sabe bem como é?

rola muita sedução jogo do acasalamento

sob as penas do pavão cauda aberta multicor

boa parte é... só lamento!

se daí virar amor saberemos quem tu és

rola verdade além da cor: não só penas, pernas, pés

luz e sombra nos consistem – sombra seja o que não és

integre-se o lado triste: além das penas cores dores

o pavão tem penas pernas pés

        com medo? sacode que você pode!

        vai com tudo vai com fé!

 

DUM PROCESO, LIBERECO

ĉu scias vi kiel oni amoras?

ruliĝas troa delogo dum ĉiu pariĝoludo

malantaŭ ĉiu pavoplumo jenas malferm’ buntvosta

plejparto tamen... nur lamento!

se tio iĝos iel am’ kiu vi estas ekaperos

vero trans koloro venos: ne nur plumar’ gamboj piedoj

lum’ plus ombro nin konsistas – ombro kiu vi ne estas

integriĝu flanko trista krom ĉagren’ kolor’ dolor’

plumo gambo piedo tion pavo havas

        ĉu timo? forskuiĝi vi povas!

        iru funden iru fide!


RELATIVO

  RELATIVO Sou pura sensação. Seria o mundo assim: prazer em profusão  às vezes tão chinfrim?   Faz sentido pra mim entre tanta vi...